Hoje morreu Rogério Duprat. O maestro responsável pelo rompimento da barreira entre as músicas erudita e popular brasileiras.
Duprat foi destaque da Orquestra Sinfônica Brasileira na década de 50. Aproximou-se dos músicos populares e participou do Tropicalismo.
Na capa desse disco histórico Duprat (sentado à esquerda) segura um penico como se fosse uma xícara de chá.
Ele criou arranjos maravilhosos para os melhores cantores populares do Brasil (Gilberto Gil, Chico Buarque, Jorge Ben Jor) e para as bandas pioneiras do Rock Brasileiro: Os Mutantes e O Terço.
As duas fotos abaixo mostra a transformação do Duprat Clássico para o Duprat Popular.
Duprat mudou-se para um sítio em Itapecirica da Serra, se retirou da música por problemas de surdez causados por horas de gravações em estúdios.
Duprat se decepcionou com a música popular brasileira, para ele tudo se tornou uma repetição:
"Tudo que se faz hoje já se fazia há 30 anos. O rap nada mais é do que uma colagem, típica do espírito pós-moderno, que não cria, não acrescenta. O rock repete fórmulas. Eu disse tudo que tinha a dizer naquele período entre os anos 60 e 70"
Eu fico deprimido quando percebo que ele tem razão. Na minha opinião a música popular brasileira moderna foi composta há 30 anos atrás. Hoje só resta a cópia e a falsificação.
Abaixo estão alguns dos seus arranjos: Uma belíssima música da banda O Terço, da qual Flávio Venturini fez parte na década de 70, e as duas versões de Panis et Circenses dos Mutantes.
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